quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Locking



Locking (originalmente conhecido como Campbellocking) é considerado um estilo de funk. Trata-se de um rápido e preciso movimento de braços e mãos combinados com quadris e pernas. Os movimentos são geralmente amplos e exagerados e freqüentemente rítmico e firme (compacto) com a música. Locking é uma performance executada rapidamente, sempre interagindo com o público através de sorrisos ou dando-lhes alguns movimentos naturalmente cômicos.

Locking foi originalmente dançado para o funk tradicional, assim como James Brown. O funk é comum ainda para os dançarinos de locking, e usados em muitas competições.

O nome é baseado na concepção dos movimentos do locking, que basicamente significa congelar através de movimentos rápidos e parar em certas posições e depois continuar rápido como antes. Esses movimentos criam um forte contraste a fim de que muitos movimentos rápidos que são, por outro lado, executados continuamente precisos, combinam com gestos (mímicas) ensaiados, e atuando para o público e para outros dançarinos. Locking exige muitas acrobacias e movimentos bem elaborados, assim como “travar” os joelhos dando a impressão de “ruptura”. Esses movimentos também requerem joelheiras ou algum outro protetor.

Um locker é um dançarino de locking. Lockers normalmente usam um estilo de roupa característico, assim como roupas coloridas com listas e suspensórios.

O início do Locking pode ter sido descoberto por um homem em particular, Don Campbell. Depois dos anos 60 ele misturou algumas danças passageiras (que eram moda), adicionando movimentos próprios (conhecidos como “Trava” - Lock). O resultado da dança foi chamado de Campbellocking, que foi mais tarde conhecido como Locking. No início dos anos 70 surgiram os grupos de dança de Locking. O mais notável foi quando Campbell formou o grupo de dança “The Lockers” e firmou a fundação de locking e dos estilos de roupas.

Mais tarde, o locking tornou-se parte do crescimento da cultura da dança hip hop, e teve influência aos mais recentes estilos, como popping and breaking. Locking é ainda totalmente popular e muitos artistas atuais executam movimentos derivados do locking em seus videoclips.

Locking é uma dança que surgiu nas antigas discotecas dos anos 70. Pode ter ocorrido individualmente ou em harmonia com 2 ou mais dançarinos fazendo steps ou handshakes juntos. O locker pode sorrir enquanto faz sua apresentação, em outros momentos, um comportamento sério deve ser preservado para dar ênfase na técnica. Outro importante estilo característico é a “explosão” (vibração) dos braços, paradas, posição e firmeza dos passos e movimento (giro) da boina ou chapéu. Don Campbell foi o inventor dos freezes originais. Em 1971, quando nomeou-se por “travas” (locks), ele incorporou seu ritmo único e adicionou gestos, assim como apontar e bater palmas. Outros dançarinos também adaptaram-se a este estilo, enquanto juntavam alguns dos passos e movimentos listados a seguir: Alphas (Criado por Alpha Anderson), The Skeeterrabbit (Criado por James "Skeeter Rabbit" Higgins), Stop n Go (Criado por Greg "Campbellock Jr." Pope), Scooby doo (Criado por Jimmy "Scooby doo" Foster), Which a way (Criado por Leo Williamson).
O que é a dança contemporânea?

A dança contemporânea é uma coleção de sistemas e métodos desenvolvidos da dança moderna e pós-moderna, ela é muito mais que uma técnica específica, mais até que os outros tipos reafirmam a especificidade da arte da dança.

Dança contemporânea não é teatro, nem cinema e muito menos literatura, não precisa de mensagem, de histórias e uma trilha sonora completa, como ocorre na dança clássica, onde o bailarino geralmente executa coreografias prontas e segue um roteiro coreográfico pré-concebido, diferentemente da dança contemporânea onde o corpo em movimento estabelece sua própria dramaturgia, musicalidade e história, criando outro tipo de vocabulário e sintaxe.

Para a ciência o pensamento se faz no corpo e o corpo que dança se faz pensamento, ou seja, completam-se, isso se evidencia nesse estilo de dança. Ela não se define em técnicas ou movimentos específicos, pois o bailarino tem autonomia para construir suas próprias particularidades coreográficas.

A liberdade trazida pela perspectiva não significa que ela ignora as idéias fortes e a inventividade das grandes obras de qualquer forma artística, nem mesmo um domínio técnico.

O corpo na dança contemporânea é constituído na maioria das vezes a partir de técnicas somáticas, assim trazem o trabalho da conscientização corporal e do movimento.

Para Jean George Noverre, um grande pioneiro da dança contemporânea, é necessário a transgressão das regras. Ele diz que será preciso transgredi-las e delas se afastar constantemente, opondo-se sempre que deixarem de seguir exatamente os movimentos da alma, que não se limitam necessariamente a um número determinado de gestos, isto é, não perder um determinado ponto, deixar o corpo fluir sem limites de acordo com os movimentos, não apenas executá-los e sim senti-los.

Num mundo em constante mudança, onde se tem diariamente tantas conquistas e descobertas sobre nós, ficar tratando a dança como apenas uma repetição mecânica de passos bem executados é reduzi-la a algo menor, ou seja, assim como as pessoas mudam durante o tempo, a dança também muda.

Portanto, o ser humano pode usufruir mais de suas habilidades criativas e ir bem mais longe. Esta é a proposta da dança contemporânea, na medida em que dá mais liberdade ao bailarino, o incentiva a ir além dos seus limites e a cada dia evoluir junto com a dança.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Bolero e sua origem



Bolero

O Bolero é um ritmo que mescla raízes espanholas com influências locais de vários países hispano-americanos. Surgiu na Espanha, mas sofreu modificações, especialmente desenvolvendo temas mais românticos e ritmo mais lento. Tem tradição nos seguintes países: Cuba, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, México, Peru, Venezuela, Uruguai, Argentina e Brasil.
Fonte: wikipédia


A origem do Bolero

Embora de origem espanhola de boleras (bolas) ou de volero (de volar – voar), a formação musical do Bolero, como se conhece hoje se desenvolveu principalmente em Cuba, mas também com grande vigor em Porto Rico, República Dominicana e México, seu principal difusor. A dança Bolero praticada atualmente no Brasil tem suas origens no Rio de Janeiro, sob grande influência do tango. Já em outros paises latinos, está mais próxima de uma rumba mais lenta, sem muitas variações de figuras, pois é tida como dança para romance.

Tem que se inicialmente dividir a historia do Bolero em três momentos: antes de ser “cubanizado” em meados do século XIX, pós-Cuba e a criação do estilo carioca de se dançar Bolero.

O primeiro registro da palavra Bolero que se tem conhecimento data do século X, de uma dança de origem árabe, o “Bolero de algodre”, que era dançado em grupos de três passos – um rapaz e duas moças. Embora não pareça o Bolero ter ai sua raiz, devido ao fato dos mouros terem ocupado a Espanha por muitos séculos, não é de se estanhar que o espanhol tenha adsorvido esta palavra, que para muitos vêm das boleras (bolas) que ornamentavam os vestidos das ciganas. Enquanto para outros, vem de volero (de volar – voar), pois estas dançarinas pareciam estar voando ao fazerem seus rodopios e movimentos nos vestidos. De qualquer forma, estas versões nos dão uma certeza, que a origem está na Espanha, e não na França ou Inglaterra, onde andou com o nome de danza e contradanza, como sugerem alguns.

Até chegar a Cuba, Porto Rico, República Dominicana e México, o bolero espanhol vai se formando baseado na “cancíon de prosapla hispânica” e agregando elementos das “árias operísitcas”, da “romanza francesa” e da canção napolitana. Até Ravel, compositor clássico, deu sua versão em o “Bolero de Ravel”.

Inicialmente era executado com acompanhamento de castanholas, violão e pandeiro, tal qual o fandango (dança espanhola de origem árabe), enquanto o casal dançava sem se tocar, com sensuais movimentos de aproximação e afastamento.

Trazido pelos espanhóis para suas colônias na América, ele foi se modificando pelas influências locais e recebendo contribuições, em especial, de ritmos vindos da áfrica, assim como da "contradanza francesa". Analisando a Cuba do século XIX e de fins do XVIII, detecta-se a atuante presença inglesa desde que barcos tomaram La Habana em 1762. Logo depois, no final do século XVIII, franceses e seus servidores negros e mulatos chegaram a Cuba, fugidos dos rebeldes haitianos, trazendo para a burguesia e a aristocracia cubana, a contradanza e a novidade do casal dançar entrelaçado, que gerou grande rebuliço na burguesia e aristocracia cubana, fazendo com que os pais orientassem suas filhas a dançarem com os quadris afastados, somente a parte de cima teria contato, característica que hoje não se vê mais no bolero cubano, dançado com movimentos semelhantes aos da Rumba, porém, mais lentos e com poucas variações, mas que ainda permanece em muitos dançarinos de Son e Salsa.

Em 1780 o bailarino espanhol Sebastian Cerezo criou com muito sucesso uma variação baseada nas Saguidillas, bailados de ciganas andaluzes, cujas vestimentas eram ordenadas com pequenas bolas (as boleras), o que veio reforçar a versão da origem do nome Bolero.

Nessa época é notável também o crescente movimento entre o México e os portos de sul de Cuba, desde os anos da retenção da zona de San Juan de Ulúa por tropas espanholas (1825), assim como a presença de famílias e tropas vindas das recém instauradas republicas latino-americanas o que acabou por gerar a introdução de uma nova forma de acompanhamento musical, mistura de “raguedo y punteado”, muito segmentado e constante na primeira guitarra e acentuado totalmente na segunda guitarra, renovando o contato dos cubanos com os sons yucatecos.

No aspecto rítmico muito se agregou da danza (http://en.wikipedia.org/wiki/Danza), da habanera e da figura rítmica do El cínico, proveniente das músicas folclóricas de Sanit Domingue. Assim, desse caldeirão de culturas, surge em Santiago de Cuba, “El bolero”, que embora tenha emprestado o nome de seu homônimo hispânico, desse muito se diferencia. A começar, por exemplo, da sua estrutura de compasso em dois por quatro, em vez de três por quatro do bolero espanhol.

Hoje o Bolero tem presença mundial devido principalmente à difusão pelo México, e tem contribuído com seu romantismo para a união de muitos casais já há muitas gerações.

Curiosamente, só no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, essa dança adquire uma estrutura mais complexa incorporando movimentos do Tango, como trocadilhos, esses, caminhadas, cruzados e giros, Nos demais estados, até o inicio da década de 90, restringia-se praticamente a base do “dois pra cá, dois pra lá” ou mesmo ao “um pra lá e dois pra cá” dos dançarinos mais antigos. Em São Paulo mesmo, como nos lembra o Professor Roberto Mendoza, o Bolero só se reformula para a forma como é dançada hoje, quando sua Academia, a Strapolos, contrata em 1994, os professores cariocas João Carlos Ramos e Elaine Delatorre para introduzirem em São Paulo, o Samba de Gafieira, o Bolero e o Soltinho, ainda inéditos no meio acadêmico da dança de salão paulistana.

No entanto, mesmo com toda essa trajetória de transformações sempre foi mantido seu caráter de dança de galanteio, suave, terna e romântica, com movimentos caracterizando uma eterna busca da conquista da mulher amada que por sua vez seduz o parceiro, num jogo que podem durar 3 minutos ou mesmo uma vida inteira.